Tempo
tempo, tempo tempo....esta música da Maria Gadú me veio por vários momentos a
cabeça enquanto eu estava lendo os textos da interdisciplinar de História,
pensando no tempo e o que fizemos em sala de aula, passei a refletir que muitos
professores não conseguem otimizar o seu tempo envolvendo a turma com
atividades que chamam a atenção dos mesmos.
Sabe como
professora de história e com grandes textos, imagens e filmes para serem
discutidos em sala de aula, além de conteúdos para dar conta até o final do ano
me dei conta de como passei de uma professora apressada em dar conta e que
apenas despejava os conteúdos sobre os alunos, para me tornar uma professora
calma, capaz de proporcionar uma reflexão sobre os conteúdos, aprendendo a
lidar melhor com o tempo e com certas ferramentas....A troco de que eu vou
fazer um aluno copiar quatro ou cinco páginas de um texto que está em seu livro
se podemos fazer uma rodada de discussão e propor aos mesmos que sintetize o
mesmo através de tópicos ou porque vou propor uma questão gigantesca em uma
prova se posso substitui-la por uma charge, enfim tenho percebido que o aluno
moderno tem solicitado outras formas de cobrança de apresentação de conteúdo. Muitas
vezes uma saída de campo, uma pesquisa que tem ligação com a realidade do aluno
pode trazer resultados muito mais significativos que despejar uma série de
conteúdos para vencer um cronograma, claro que um explicação sobre tal saída a
campo e uma análise posterior é importante para não ficar desconectado do
conhecimento científico.
Hoje o professor precisa organizar seu tempo
levando em consideração a turma, bem como seu interesse por determinado assunto
que pode ser um momento de aprofundar um aprendizado, que talvez não estivesse
no programa, mas desencadeia um interesse na turma que vale a pena explorar, um
exemplo é o interesse dos alunos pelas eleições americanas que terminou recentemente,
onde foi feito as seguintes perguntas diante de um alvoroço em sala de aula:
- Nós brasileiros, temos moral para opinar nas
eleições de outros países?
- O que é
ser democrata?
- O que é
ser republicano?
- O que são
os delegados?
Enfim
muitas perguntas causaram certos desentendimentos e muitas respostas tinham
como fonte os jornais e a internet.
Isso não estava no cronograma,
mas serviu como alavanca a minha entrada na história brasileira, mais precisamente
na história política (JK), de forma mais leve e com um assunto que os alunos
queriam saber, entender e dar sua opinião (ser ouvido).
Por isso o tempo do professor é
passível de mudanças, pode ser organizado de uma maneira diferente. É
importante que os professores discutam incansavelmente qual o tempo necessário
para o aprendizado daquela turma, ou os anseios que a mesma apresenta se não acabaremos com o nosso tempo como o professor da charge colocando conteúdos no quadro sem menor sentido para os alunos.
Referência
Imagem:
http://clickgratis.blog.br/educacaoetecnologias/