quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Tempo em sala de aula e o aluno neste meio




Tempo tempo, tempo tempo....esta música da Maria Gadú me veio por vários momentos a cabeça enquanto eu estava lendo os textos da interdisciplinar de História, pensando no tempo e o que fizemos em sala de aula, passei a refletir que muitos professores não conseguem otimizar o seu tempo envolvendo a turma com atividades que chamam a atenção dos mesmos.
Sabe como professora de história e com grandes textos, imagens e filmes para serem discutidos em sala de aula, além de conteúdos para dar conta até o final do ano me dei conta de como passei de uma professora apressada em dar conta e que apenas despejava os conteúdos sobre os alunos, para me tornar uma professora calma, capaz de proporcionar uma reflexão sobre os conteúdos, aprendendo a lidar melhor com o tempo e com certas ferramentas....A troco de que eu vou fazer um aluno copiar quatro ou cinco páginas de um texto que está em seu livro se podemos fazer uma rodada de discussão e propor aos mesmos que sintetize o mesmo através de tópicos ou porque vou propor uma questão gigantesca em uma prova se posso substitui-la por uma charge, enfim tenho percebido que o aluno moderno tem solicitado outras formas de cobrança de apresentação de conteúdo. Muitas vezes uma saída de campo, uma pesquisa que tem ligação com a realidade do aluno pode trazer resultados muito mais significativos que despejar uma série de conteúdos para vencer um cronograma, claro que um explicação sobre tal saída a campo e uma análise posterior é importante para não ficar desconectado do conhecimento científico.
 Hoje o professor precisa organizar seu tempo levando em consideração a turma, bem como seu interesse por determinado assunto que pode ser um momento de aprofundar um aprendizado, que talvez não estivesse no programa, mas desencadeia um interesse na turma que vale a pena explorar, um exemplo é o interesse dos alunos pelas eleições americanas que terminou recentemente, onde foi feito as seguintes perguntas diante de um alvoroço em sala de aula:
-  Nós brasileiros, temos moral para opinar nas eleições de outros países?
- O que é ser democrata?
- O que é ser republicano?
- O que são os delegados?
Enfim muitas perguntas causaram certos desentendimentos e muitas respostas tinham como fonte os jornais e a internet.
Isso não estava no cronograma, mas serviu como alavanca a minha entrada na história brasileira, mais precisamente na história política (JK), de forma mais leve e com um assunto que os alunos queriam saber, entender e dar sua opinião (ser ouvido).
Por isso o tempo do professor é passível de mudanças, pode ser organizado de uma maneira diferente. É importante que os professores discutam incansavelmente qual o tempo necessário para o aprendizado daquela turma, ou os anseios que a mesma apresenta se não acabaremos com o nosso tempo como o professor da charge colocando conteúdos no quadro sem menor sentido para os alunos.



Referência

Imagem:

http://clickgratis.blog.br/educacaoetecnologias/
 



Um comentário:

  1. Olá, Franciele. Tua reflexão a respeito do tempo, da sensibilidade ou falta dela no planejamento das aulas, tudo isso reflete no tempo dos alunos. Poderia fazer uma relação entre os tempos de sala de aula que estás acostumada como professora ou supervisora e o tempo do PEAD? Que se pode destacar num e noutro?

    ResponderExcluir