quarta-feira, 27 de junho de 2018

EJA

Bom, realizando o trabalho de campo de EJA, onde a minha parte era apenas as observações das aulas, pude rever a imagem que tinha da EJA.
Os primeiros contatos que eu tive com essa modalidade de ensino foram em Gravataí e em Cidreira, onde ambas possuíam uma realidade bem complexa e de extrema violência, o que me provocou de certo modo uma repulsa por esta modalidade, ressalto que nunca atuei como professora e sim apenas como coordenadora e no caso de Cidreira auxiliando uma amiga com a supervisão, pois bem após estes dois contatos traumáticos e não realizei mais nenhuma visita a esta modalidade.
Com a interdisciplina de EJA e a proposta de trabalho a campo, pude perceber e me encantar com uma terceira realidade, onde havia uma pequena turma, com um perfil completamente diferente e que apesar de alguns alunos terem muita dificuldade me trouxe um sentimento de importância, de mudança, de sonha, aflorando algo que já não via na educação a muito tempo.
Conversando com um aluno e vendo como a aprendizagem do processo da leitura e escrita modificou o seu contexto, pude realmente visualizar a educação como um ato político tão descrito nos livros de Paulo Freire é como se tudo fizesse sentido.

Enfim neste contexto me descobri e consegui significar a frase de Paulo Freire, onde ele nos diz que o conhecimento de mundo precede o conhecimento da palavra e na EJA ficou tão mais fácil de ver esta aplicabilidade, ficou tão mais fácil dizer que vou a feira nos problemas de matemática quando você realmente vai a feira  e se imagina em tão situação.

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