sábado, 20 de outubro de 2018

Escola de monstros

A pouco tempo tivemos o dia das crianças, onde a escola decidiu fazer uma pequena festa a fantasia envolvendo apenas os anos iniciais e tendo em vista este cenário ao entrar na sala de aula eu me deparei com uma diversidade incrível de fantasias, tais como: policiais, vampiros, bruxas, fadas, princesas, heróis e muitos outros. E neste exato momento ficou muito evidente a grande diferença entre todos os meus alunos. Pensando nisso e observando eles enquanto a aula ocorria fiquei imaginado como seria uma escola para monstros, princesas, heróis entre outros e como se daria o processo educativo neste ambiente bem diversificado cheios de potencialidades e fraquezas.
Será que o Frankenstein teria a necessidade de estudar o mesmo conteúdo que o Drácula, como seria o Professor desta turma? Será que ele seria um ser mágico ou mitológico perfeito capaz de deter todos os conhecimentos do mundo?
Bom, creio que para todas as perguntas acima a resposta seria um grande NÃO, pois se desconhece na literatura uma criatura capaz de deter todos os conhecimentos e habilidades dos outros seres mágicos, além disso, todos sabemos que para o Drácula a habilidade de voar é indiscutível, já para o Frank isso seria impossível. Por isso creio que o professor desta instituição deve ser alguém muito inteligente e capaz de uma sensibilidade extra para compreender as habilidades e fraquezas de cada aluno presente em sua sala de aula.
E enquanto os meus alunos terminavam suas atividades eu fiquei pensando em como seria a avaliação desta turma de monstros variados, quais os quesitos para estarem aptos para avançar a um nível mais alto? E foi ai que fiquei rezando para que o tal professor desta história tenha realmente a tal sensibilidade extra para saber as necessidades de cada aluno e que este seja capaz de não avaliar seus alunos tendo em vista apenas uma habilidade, tal como a de voar, pois caso isso ocorra o nosso amigo Drácula seria privilegiado e teria um desempenho invejável, porém o nosso querido Frank seria bestializado e utilizado como figura de extrema incapacidade, onde sua força, capacidade de regeneração ou inteligência já não serviriam para nada, tendo em vista o teste de seu grande mestre.

Metáforas a parte com essa pequena viagem pelo mundo da imaginação e criação pude visualizar realmente como tem sido minha postura diante dos meus alunos e esta pequena festa me fez perceber o quão encantador pode ser a diversidade presente em minha sala de aula, me fez perceber que eu tenho pequenos com habilidades diferentes, mas acima de tudo com necessidades especificas e que precisam ser ouvidas.

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