terça-feira, 8 de dezembro de 2015

alfabetização

A verdade é que até o momento ainda não me identifiquei muito bem com o curso, porém nesta disciplina consegui adquirir conhecimentos suficientes para compreender melhor algumas coisas referentes a aquisição da escrita, pois por diversos momentos na escola onde sou supervisora dos anos iniciais tive dúvidas quanto as hipóteses de escrita dos alunos.
Um dia chegou a minha sala uma professora do primeiro ano que me relatou que o aluno dela não sabia nada, pois que em todas palavras que a criança escrevia este insistia em colocar apenas as letras do nome dele, a mesma ainda relata que o mesmo só iria passar por conta da lei de aprovação. Na época eu já encontrava intrigada com esses casos, onde era possível observar um grande desenvolvimento no restante da turma e apenas dois ou três alunos que pareciam não acompanhar a mesma, porém hoje com estudo dos textos de Emília Ferreiro eu pude perceber que este educando estava apenas passando por uma hipótese de escrita e que não exigiste momento certo para maturação, o que existe é uma dose certa de estimulo feito para que este aluno se desenvolva.
No texto de Emília Ferreiro a mesma nos relata que no início este aluno chega a sala de aula sem compreender que as letras correspondem a emissões sonoras e que para escrever algo basta escrever diversas letras, sendo que o exemplo de Mateus citado pela autora me fez lembrar e muito o aluno desta professora, já que ambos mostraram quase a mesma evolução.

Por fim hoje este aluno está no segundo ano e só agora no mês de dezembro é que ele deslanchou a escrever e ler significativamente passando por diversas etapas, que em um outro momento eu julgaria confuso, mas que hoje percebo como normal já que é visível que este aluno não teve grande estímulos no seu contexto familiar, pois o mesmo vem de pais que catam e reciclam lixo e para eles o papel ou jornal servem apenas para vender já que a mãe não é alfabetizada e o pai pouco lê.

Imagem retirada do site: http://valdinere123.blogspot.com.br/2013/09/hipoteses-da-escrita.html

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