A verdade é que até o momento ainda não me identifiquei muito bem com o
curso, porém nesta disciplina consegui adquirir conhecimentos suficientes para compreender
melhor algumas coisas referentes a aquisição da escrita, pois por diversos
momentos na escola onde sou supervisora dos anos iniciais tive dúvidas quanto
as hipóteses de escrita dos alunos.
Um dia chegou a minha sala uma professora do primeiro ano que me relatou
que o aluno dela não sabia nada, pois que em todas palavras que a criança
escrevia este insistia em colocar apenas as letras do nome dele, a mesma ainda
relata que o mesmo só iria passar por conta da lei de aprovação. Na época eu já
encontrava intrigada com esses casos, onde era possível observar um grande
desenvolvimento no restante da turma e apenas dois ou três alunos que pareciam
não acompanhar a mesma, porém hoje com estudo dos textos de Emília Ferreiro eu
pude perceber que este educando estava apenas passando por uma hipótese de
escrita e que não exigiste momento certo para maturação, o que existe é uma
dose certa de estimulo feito para que este aluno se desenvolva.
No texto de Emília Ferreiro a mesma nos relata que no início este aluno chega
a sala de aula sem compreender que as letras correspondem a emissões sonoras e
que para escrever algo basta escrever diversas letras, sendo que o exemplo de
Mateus citado pela autora me fez lembrar e muito o aluno desta professora, já
que ambos mostraram quase a mesma evolução.
Por fim hoje este aluno está no segundo ano e só agora no mês de dezembro
é que ele deslanchou a escrever e ler significativamente passando por diversas
etapas, que em um outro momento eu julgaria confuso, mas que hoje percebo como
normal já que é visível que este aluno não teve grande estímulos no seu contexto
familiar, pois o mesmo vem de pais que catam e reciclam lixo e para eles o
papel ou jornal servem apenas para vender já que a mãe não é alfabetizada e o
pai pouco lê.
Imagem retirada do site: http://valdinere123.blogspot.com.br/2013/09/hipoteses-da-escrita.html

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