quinta-feira, 12 de maio de 2016

Construção- Música de Chico Buarque


Na última parte da aula de literatura, ouvimos a música construção do cantor Chico Buarque, composta em 1971, ano este em que o Brasil estava dominado pela ditadura militar, onde centenas de pessoas morreram ou desapareceram em alguns porões. A música construção é tida com mais uma das canções críticas de Chico Buarque, onde o protagonista da mesma era um personagem obscuro (sem nome), que talvez realizasse construções.
Este poema, reflete exatamente o homem em que vivia na época da ditadura, ou seja, um sujeito que ao trabalhar e ajudar a construir uma cidade ou pais, acaba por se descontruir como ser humano, devido as amarras de um sistema político e social, onde não se podia questionar, mas apenas obedecer.

Ao observar a letra da música consegui observar que esta poderia me ajudar a introduzir o tema da ditadura militar, porém de uma forma mais leve e mais divertido, tentando assim obter a atenção dos adolescentes para este tema que é tão importante.



Referencia

http://pensadoranonimo.com.br/analise-literatura-da-musica-construção-chico-buarque/

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Sorria talvez você esteja sendo enganado

Ontem ouvi falarem muito da tal eleição para diretor, por isso resolvi me pronunciar, sobre tais ilusões:
Hoje considera três categoriais de provimento ao cargo de gestor escolar nas escolas públicas: a) nomeação, b) concurso e c) indicação pela comunidade. E enfatiza que a primeira categoria traz consigo as marcas do clientelismo político, sendo por isso uma das mais criticadas, porém ainda está muito presente nos sistemas de ensino principalmente nos municípios do litoral onde a força política ainda é muito forte, já que em alguns municípios os indivíduos têm apenas duas opções: a) trabalhar para a prefeitura e b) abrir seu próprio negócio, caso contrário morre de fome.
A forma de concurso na minha visão seria a mais justa, pois é através deste método que estaríamos escolhendo o gestor mais técnico e preparado para o cargo.
Nas última opção aparece a indicação pela comunidade e daí vem o pulo do gato, pois como a palavra eleição é inconstitucional, o que fez o bom e velho brasileiro para burlar a lei, trocou a palavra por indicação, onde o conselho de educação realizará uma pesquisa junto à comunidade escolar para ver quem seria o provável gestor, mas supondo que a comunidade escolar indicou três gestores para liderar a escola adivinhem quem irá decidir o gestor que tomará posse, isso mesmo que vocês estão pensando o Prefeito.... E olha ele vai ser totalmente imparcial politicamente falando.
Então a única forma de transformar tal “indicação” democrática ser totalmente segura é a comunidade, como um todo, indicar apenas um representante, o que acredito que será muito difícil de ocorrer, a não ser que a escola já possua pré-candidatos, onde a partir de então conselho escolar realizara os “critérios”               de escuta da comunidade…Mais uma situação de cunho duvidoso.


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Meu novo olhar sobre a literatura infantil



Particularmente posso dizer que amo livros, pois desde muito pequena sempre fui incentivada pelos meus pais a ler, principalmente pela minha mãe.
Com a interdisciplinar de literatura, comecei a observar mais o enredo dos livros infantis e como estes tem a habilidade de trabalhar alguns problemas de forma simples e leve.
No mundo das crianças eu me dei conta que podemos trabalhar qualquer coisa com elas, através dos livros. Após o pedido da professora de literatura para fazermos uma análise de um livro que trabalhasse sobre o negro, o índio e a ditadura, eu passei a ler vários outros e me deparei com dois que me chamaram muito a atenção:
O primeiro foi:

Este primeiro mostra que mais importante que a orientação sexual de um casal e o amor que a criança vai receber destes, este livro me chamou a atenção por colocar a situação deste novo padrão de família de forma leve e sutil.
 Recentemente um casal gay adotou quatro irmãos e estes vem demonstrando serem muito amados por seus pais e que apesar de ser uma família diferente, parece que deu muito certo.
O segundo livro foi:
Este livro deixa bem claro que toda criança nasce com uma certa inocência e sem preconceitos, porém ao longo do convívio com a sociedade, esta criança vai perdendo o seu superpoder que seria enxergar as pessoas as pessoas mais humildes.
Bom, isso foi o que interdisciplina de literatura me trouxe por enquanto.

O primeiro contato com a interdisciplinar de literatura



A primeira aula ministrada pela grande Professora Ivany Ávila, que já no início da aula nos trouxe alguns pensadores e trechos de suas obras e nos indagou a refletir sobre o que tais trechos nos remetia, posterior a este exercício a professora no trouxe mais alguns trechos de grandes autores e solicitou que nos sentíssemos cada obra. E como sempre o trecho de Castro Alves, foi o que mais me chamou a atenção.
Esse é um autor que gostava muito de ler, pois ele conseguia me proporcionar inúmeros sentimentos com apenas um texto, dentre ele poderia citar: revolta, indignação, triteza, vergonha, medo e até mesmo gratidão por não ter vivenciado nada daquela época ou daquele povo.
Posso dizer que foi bom relembrar estas leituras, pois fazia muito tempo que não me dedicava a ler que eu realmente quisesse ou por hobby, pois os últimos tempos tenho estado mergulhada demais em textos da faculdade, do curso de inglês ou do meu trabalho. E por conta disso tenho apenas a agradecer a esta professora por me fazer lembrar que é possível sentir algo quando se esta lendo. E apenas para relembrar segue um trecho deste grande escritor:

            A canção do africano

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!

"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...

"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".

O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!

............................

O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!


Referencias