O título resume a reação de muitas colegas sobre a disciplina
de matemática, porém contrariando todas as leis da matemática o professor
iniciou a aula com uma conversa, onde a pergunta primordial foi: “quem gosta de
matemática?”, surpreendentemente eu fui uma das poucas pessoas a gostar de tal
disciplina, tendo em vista tamanha rejeição fiquei a refletir o que causou isso
nas pessoas e cheguei à conclusão que tudo isso pode estar atrelado a maneira
como a matemática foi introduzida no cotidiano infantil de cada uma das minhas
colegas, já que ninguém nasce odiando uma determinada coisa na vida e essa foi
justamente a fala do professor quanto a sua disciplina, inclusive ele se
mostrou até um pouco presunçoso em falar que muitas colegas vão mudar de
opinião até o final, bem estou pagando para ver tamanha mudança.
A matemática é
uma disciplina que faz parte de nosso dia-a-dia, creio que o interesse seria
iniciar a mesma de modo espontâneo, pois até para jogar sinuca você tem que ter
o básico de geometria, então fiquei a pensar na aula de ciências e como seria a
forma certa de introduzir a matemática no cotidiano escolar e cheguei à
conclusão que isso deve ser trabalhado desde a Educação Infantil e mais uma vez
de uma maneira lúdica e leve, de modo a provocar a curiosidade e espanto da
criança, porém sem esquecer de se utilizar de coisas cotidianas.
Acredito que a
matemática deve ser explorada principalmente na Educação Infantil e nos
primeiros anos do Ensino Fundamental, através de músicas, jogos e brincadeiras,
um bom exemplo, é aplicar os números através de formato de pista de carrinhos
ou carinhas de bichos, fiz isso num primeiro ano logo no início do ano e eles
amaram, além disso podemos utilizar os blocos lógicos, o boliche enfim, eu sei
que parece uma tarefa difícil, já que aquele aluno tem uma serie de conteúdo a
serem aprendidos, principalmente no primeiro ano, mas se fizermos isso por meio
do brincar existe a possibilidade de formarmos alunos que não odeiam estudar,
por exemplo a máquina de somar é um jeito divertido de explicar a soma, onde
após o professor ter explicado o conceito de soma ele pode mostrar ou
exemplificar tal através de um artifício fácil, feito de material reciclável e
capaz de desconstruir o abstrato.

Concluindo
creio que é preciso desafiar o pensamento da criança sim através de conteúdos,
porém também se faz necessário criar oportunidades (através dos mais variados artifícios)
para que ela estabeleça relações entre o
que vem sendo falado (o abstrato) e seu real significado (o concreto), dando
assim um sentido, posso dizer que a criança é instintivamente matemática cabe
apenas ao professor canalizar isso de acordo com o contexto de sala de aula,
para um movimento bom, já que não devemos esquecer que estamos lhe dando com
crianças e que cada delas aprende no seu ritmo e nós devemos respeitar tal.