O segundo elemento que me chamou a atenção na aula de ciência foi a
simplicidade e o artifício que o professor utilizou para chamar a nossa
atenção, desconstruído o conceito de precisamos de muitas ferramentas para
aplicar uma aula de ciências ou que devemos apenas nos deter no livro para tal.
Durante a aula o
professor se utilizou de um pequeno saco plástico repleto de agua e dois lápis,
o experimento consistia em enfiar os lápis no saco perfurando-o sem que uma
gota de água corra. O professor se utilizou de um material alternativo para
chamar nossa atenção, produzir um sentimento de curiosidade aguçando assim a
nossa percepção de como é fácil fazer experimentos interessantes com tão pouco.
O mesmo ainda vem nos
provocando através de seus texto, a ir além e a pensar no pátio da escola e no
contexto de sala de aula como uma grande ferramenta de observações científicas.
Segundo Russel Rosa, em seu texto sobre os
princípios do ensino das ciências na educação infantil, uma das características
no ensino de Ciências é a busca permanente de informações, o desassossego, a
inquietude, a não acomodação do saber. A autora nos lembra que
em Ciências, as verdades são provisórias, são revistas de tempos em
tempos. As descobertas podem ser reformuladas a partir de novas descobertas. Há
500 anos atrás, os cientistas não aceitavam que a terra girasse em torno do sol
e Galileu, que defendia a ideia, quase foi queimado pela Santa Inquisição.
Muito recentemente, Plutão deixou de ser considerado um planeta em nosso
sistema solar...
Tão importante quanto a curiosidade já falada
anteriormente é a capacidade do professor de manter vivo o desejo dos nosso alunos
em aprender, pensando nisso eu fiz a atividade do saco mágico com as crianças
do berçário III que tem idades entre 2 e 3 anos e confesso que ao enviar o
primeiro lápis estava tudo certo, porém quando coloquei o segundo vazou bastante
água, porém isso não tirou o brilho do início, pois fazer o que nem tudo sai
perfeito né, principalmente quando o assunto é experimento e ensinar, mas
resumidamente foi legal ver os olhos deles e principalmente a gargalhada de
alguns quando estourou (confesso que deu vontade de apertar o Davi Lucas) não
sei porque mas eles adoram agua hehe. Feito isso surge o segundo desafio que é
como explicar que o saco não furou quando coloquei o primeiro lapis, será possível
explicar a eles que o saco é um polímero que apresenta longas cadeias da mesma
molécula e que o lápis atravessa o plástico, pois consegue atravessar as
cadeias e que por conta disso ele se adapta ao lápis. Bom eu deixe isso por
conta da mágica já que ninguém me questionou, só queriam fazer novamente.
Referências:
OLIVEIRA, Daisy Laura de. Ciências nas salas de aula. Porto Alegre. Mediação, 1997.
WEISSMANN, Hilda. Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões. Porto Alegre. ARTMED, 1998.
Oi Franciele,
ResponderExcluirMuito interessante sua postagem!
As ciências da natureza podem auxiliar no desenvolvimento de conhecimentos e no próprio desenvolvimento intelectual do aluno. Como você mencionou vivenciamos as ciências diariamente através de fatos simples, por que não aproveitar eventos simples que desafiam e estimulam nosso pensar?!Na educação infantil isso é extremamente importante, pois as crianças aprendem muito mais agindo!
Abraço, Tutora Tais