O Salão de
Iniciação Científica XXIX da UFRGS, representa um espaço de socialização de
pesquisas envolvendo estudantes de diferentes áreas de conhecimento. O
Salão busca proporcionar ao aluno, orientado por um professor/pesquisador,
a exposição de suas aprendizagens e dos métodos e técnicas de pesquisa
utilizados por estes no decorrer de seus cursos, bem como estimular o
desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, o que vem bem de
encontro com a proposta do pead, que instiga a criação de um aluno
pesquisador, crítico, reflexivo e criativo que luta para transformar a
educação.
Refleti muito antes
de escrever sobre a minha experiência no Salão, ao qual defino como boa,
alertadora e comprobatória de um pensamento que já vinha analisando a alguns
meses.
Vamos aos fatos, no
início da escrita do resumo assumo que não vivenciei algo muito novo, tendo em vista
que já precisei realizar tal produção em um tempo tão, tão distante, porém
serviu para me mostrar o quão enferrujada estou para tal atividade, sorte ter
uma colega que pensa muito e que me lembrou que nós poderíamos recorrer à
alguma de nossas Profs, porém tendo em vista o que viria confesso que
esta foi a tarefa mais fácil.
Eis que lendo o
regulamente surge a notícia que teríamos que apresentar tal resumo, através de
slides, onde durante a construção dos mesmos surgiram algumas dúvidas quanto ao como
e o que colocar na apresentação.
Posso dizer que foi uma experiência boa no sentido que
conseguimos apresentar sem grandes problemas, tudo o que estava planejado
construindo a mensagem que gostaríamos de retratar, ou seja, quanto a
apresentação e a base que nosso curso fornece ao seu educando, tendo em
vista a teoria construtivista e a visão de mundo segundo Paulo Freire.
No entanto tal experiência foi também alertadora em dois
sentidos:
O primeiro
referente a constituição de slides, onde observei nos demais trabalhos a
questão de gráficos e imagens, como ferramentas para a construção e afirmação
de uma determinada teoria ou apresentação, ao qual, pretendo aderir em uma
próxima vez.
A segunda é que o curso do PEAD não construiu uma imagem límpida ainda diante de outros
profissionais da sua própria universidade, a sensação que obtive de uma das
avaliadoras é que ela não compreendia a proposta do curso, mas acima de tudo
possuía uma grande resistência quanto ao entendimento do mesmo, comprovando o preconceito aliado aos cursos de eads que já vinha analisando.
Senti isso desde o
início da apresentação, mas tal sensação só se confirmou quando a mesma fez
seus questionamentos, onde em um deles ela apresenta a seguinte questão:
O curso de vocês
possui estágio ou proporciona contato com alunos?
Tendo em vista tal
questionamento eu poderia ter mandado ela ler a LDB (a partir do Art. 80),
porém tentei explicar de forma clara e tranquila que o nosso curso ele é organizado em um formato, onde os
licenciandos tem contato integral com os alunos e com o contexto docênte, tendo em vista o seu processo seletivo,
mas infelizmente fui interrompida para apenas falar sim ou não, na qual minha
resposta se resumiu em: - sim, nós temos estágios e temos contato com alunos.
A verdade é que
muito me vi no olhar dessa senhora, um olhar que apresentava desconfiança,
estranhamento e até uma certa dúvida quanto ao profissional que sairá formado
por este curso no que diz respeito a qualidade, onde posso afirmar que se eu que estou
vivenciando este processo levei um tempo para que compreender a forma única
como este curso está estruturado, imagina para uma pessoa de fora que está
enrijecida por seus “pré-conceitos” ou concepções, posso afirmar que tal
entendimento se torna algo fora do comum, beirando ao abismo da
impossibilidade.
Enfim percebi que o
curso vai ter que produzir muito para mostrar seu valor, só não sei o que fazer
para contribuir para esse processo.
Referências:
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