O hábito de ler sempre foi algo
muito presente ao longo da minha vida, desde que aprendi a ler eu simplesmente
devorava livros e apesar de ser uma péssima aluna no quesito disciplina eu era ótima
em absorver os conteúdos solicitados pelas professora demonstrando saber
realizar muito bem as provas e questionários pedidos.
Com o passar do tempo a leitura me
seguiu até a faculdade onde eu não era a melhor aluna novamente em sentar e
ouvir, porém nunca tive notas abaixo de oito, tudo isso graças a famosa leitura
que esta transada juntamente a minha personalidade acadêmica, porém após
formada e trabalhando 40h por vezes até 60 horas eu acabei perdendo esse hábito
que era tão natural no meu cotidiano.
Após entrar no Pead fiquei por um
certo tempo lutando contra um sistema de aprendizagem ao qual não estava familiarizada
já que havia sido doutrina por outro sistema ao qual eu acreditava ser algo
bom, só após muito tempo e passando finalmente a trabalhar somente 40h é que eu
pude perceber o quão é importante um sistema educacional construído através de
um fundamento de criação crítica, ou seja, não se educa para ser igual, mas
para se fazer a diferença e ser diferente, para pensar por conta própria,
somente com esta consciência é que aos poucos eu voltei a ler e mais importante
que isso, ler com olhos de pesquisadora e não mais como um processo mecanizado
de memorização para uma definição.
Algumas pessoas devem estar se
perguntando, mas pesquisadora do que? E eu lhes respondo prontamente que hoje
me tornei observadora e pesquisadora do meu próprio eu, da minha própria realidade
e o mais importante da minha própria prática.
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