Pensando
sobre a minha semana eu cheguei a conclusão que se o ano terminasse exatamente
neste momento eu sairia realizada com minha turma, pois eles me deram a real
prova de que aprenderam a conviver e principalmente a se colocar no lugar do
outro.
Bom, toda
esta história começou quando tive a ideia de fazer uma caça ao tesouro com a
minha turma, onde os alunos teriam que encontrar sete garrafas com pistas sobre
a história que seria trabalhada durante a semana. Entre os alunos observamos
uma intensa agitação e interesse em encontrar as tais garrafas, porém ao final
da caçada o meu aluno autista não havia encontrado nenhuma e ficou muito
chateado, acabando por chorar muito enquanto eu tentava conversar com ele o
aluno que havia encontrado no a última garrafa chegou perto de mim e disse que
perdeu a garrafa e que não poderia me entregar naquele momento, aproveitando
que os colegas estavam longe ele chamou meu aluno autista e revelou em seu
ouvido onde estava a última garrafa, o mesmo veio me trazer todo feliz e
contando onde tinha encontrado.
Após todas
garrafas encontradas os alunos foram liberados para brincar e eu conversei com
o aluno e perguntei porque ele tinha escondido a garrafa e ele me respondeu:
-pof, o XX
estava tisti e você disse que às vezes ele tem dificuldade de entender e você
disse que nós temos que cuidar dos nossos amigos, então eu fiz isso.
Então lhe
perguntei e você como se sentiu:
-pof é só
uma garrafa e todo mundo já tinha visto que eu peguei ela plimeilo, pla mim não
é nada, mas plo XX é.
Mandei ele
brincar e fiquei pensando que meu dever de auxiliar a formar um cidadão e um
mundo melhor estava feito.
Acho que é
isso que eu amo em ser professora, pois eu tenho a consciência que esta é a
profissão capaz de trazer a redenção para o Brasil e para o mundo, tornando
ambos melhores.
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