sábado, 24 de novembro de 2018

Professor

Pensando sobre a minha semana eu cheguei a conclusão que se o ano terminasse exatamente neste momento eu sairia realizada com minha turma, pois eles me deram a real prova de que aprenderam a conviver e principalmente a se colocar no lugar do outro.
Bom, toda esta história começou quando tive a ideia de fazer uma caça ao tesouro com a minha turma, onde os alunos teriam que encontrar sete garrafas com pistas sobre a história que seria trabalhada durante a semana. Entre os alunos observamos uma intensa agitação e interesse em encontrar as tais garrafas, porém ao final da caçada o meu aluno autista não havia encontrado nenhuma e ficou muito chateado, acabando por chorar muito enquanto eu tentava conversar com ele o aluno que havia encontrado no a última garrafa chegou perto de mim e disse que perdeu a garrafa e que não poderia me entregar naquele momento, aproveitando que os colegas estavam longe ele chamou meu aluno autista e revelou em seu ouvido onde estava a última garrafa, o mesmo veio me trazer todo feliz e contando onde tinha encontrado.
Após todas garrafas encontradas os alunos foram liberados para brincar e eu conversei com o aluno e perguntei porque ele tinha escondido a garrafa e ele me respondeu:
-pof, o XX estava tisti e você disse que às vezes ele tem dificuldade de entender e você disse que nós temos que cuidar dos nossos amigos, então eu fiz isso.
Então lhe perguntei e você como se sentiu:
-pof é só uma garrafa e todo mundo já tinha visto que eu peguei ela plimeilo, pla mim não é nada, mas plo XX é.
Mandei ele brincar e fiquei pensando que meu dever de auxiliar a formar um cidadão e um mundo melhor estava feito.

Acho que é isso que eu amo em ser professora, pois eu tenho a consciência que esta é a profissão capaz de trazer a redenção para o Brasil e para o mundo, tornando ambos melhores.

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