As escolas atuais, hoje, matem
espaços e tempos mecânicos e bem tradicionais, segundo Bencostta:
[...] Depois, este tempo é repartido em
períodos anuais; horários estritos e bem carregados dividem as matérias pelos
dias e horas. Relógios e sinetas, já presentes no século XV e muito difundidos
no século XVI, marcam agora as atividades escolares. Os alunos dispõem de um
tempo limitado para assimilar determinadas matérias, para entregar os temas e
para apresentar-se aos exames.
É o princípio dos prêmios pelo
desempenho escolar, das censuras e das recompensas, dos alunos brilhantes e dos
preguiçosos. A cada ano, “os bons” são promovidos e “os maus”, rebaixados ou eliminados.
A seleção escolar passa a ser munida de bases institucionais, do enquadramento
temporal e das relações de imposições pedagógicas necessárias a seu
desdobramento progressivo e contínuo. (PETITAT apud BENCOSTTA, 2007, p. 152).
O trecho acima foi tirado de um
texto que trazia a análise da escola do séculos XV, onde ao ler até eu me
surpreendi, pois me vi trabalhando por anos em uma escola do século XV sem nem
ao mesmo me dar conta, de quanto este sistema é arcaico e de quão difícil é
modifica-lo. Não é à toa que vivemos em um universo escolar conflituosos e provenientes
de mesmices desinteressantes, onde os jovens demonstram-se cada vez mais desmotivados.
E foi através desta surpresa que
tive inicialmente que tenho pensado em como transformar minhas aulas em
momentos diferentes, inclusive procurei alguns cursos (contação de histórias,
educação infantil dentro da sala de aula, construção de jogos enfim eu anda a
mil) para melhor minha atuação dentro de sala de aula e espero que de certo.
Referências
BENCOSTTA,M.L.A.
Culturas escolares, saberes e práticas educativa: itinerários históricos.São
Paulo: Cortez, 2007.
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